Trazidos de África em 1750, centenas de escravos negros chegam ao Uruguai para trabalhar no porto e construir a cidade colonial. Provenientes de diversos países africanos, com diferentes etnías e religiões, estes escravos acabam por se aglomerar em diferentes grupos étnicos preservando a sua música e tradições. Proibidos de expressar a sua cultura durante todo o ano, era no Carnaval que lhes era permitido tocar os seus tambores, cantar e praticar os seus rituais. Os seus donos permitiam-lhes reunir-se na parte velha do porto de Montevideo para expressar a sua cultura, uma vez por ano. Os escravos sobreviviam aguardando a chegada destes dias, permitindo-lhes recriar rituais de caça e religiosos da sua terra de origem. Estes rituais são os percursores dos actuais Candombe, grupos de rapazes que tocam batuques africanos e dançam ao som dos tambores.Uma vez abolida a escravatura, estes povos africanos concentraram-se nos bairros mais pobres da cidade de Montevideo. Em bairros como Palermo ou Sur começaram a surgir as primeiras llamadas, grupos de festejos de carnaval, onde aparece a figura do lubolo, um branco disfarçado de negro para poder festejar o carnaval com os seus ex-escravos. A palavra llamada resulta da chamada que as pessoas recebiam para se juntarem e festejarem o carnaval. Mantidos na ilegalidade até 1956, só a partir dessa data sairam para a rua.Hoje o carnaval de Montevideo comemora-se durante todo o mês de Fevereiro com desfiles de Llamadas,Candombes, Sambas e Tablados.
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